O curioso encontro de Sepultura e a Orquestra Experimental

Orquestra Experimental de Repertório de São Paulo foi convidada a participar dessa grande festa da cultura brasileira, mas um encontro mais do que inusitado.

Por Dhandhara Campos

Como todos os anos a virada cultural vem com novas atrações. Esse ano dentre os inúmeros show simultâneos, houve um encontro histórico.

Abertura do tão esperado show
Sepultura com a Orquestra Experimental de são Paulo, no Palco Luz bem ao lado do Parque da Luz e da Pinacoteca do Estado. Esse show foi feito em prol do Pau Brasil, arvore que está em extinção, e o dinheiro arrecadado irá para o plantio dessas tão lindas árvores, que dão o nome para o nosso país. De primeira vista um show que poderia ser horrível, mas ele chamou até pessoas que não gostam do estilo, pela irreverência do acontecimento. Solos de guitarras permeados com sons leves dos
violinos.

A primeira música começou com a Orquestra, quando Sepultura entrou no palco o público foi à loucura, metaleiros pulavam e gritavam, juntaram os clássicos eruditos com músicas da própria banda. Para quem não conhece o estilo teria muito medo do evento.

Gabriel Campos de 20 anos foi ao evento e quando questionado sobre o que aquele show significava para ele, a resposta foi simples “Como amo metal, para mim foi uma mistura de gêneros fantástica, nunca imaginei assistir um show tão diferente na minha vida.”

Vista do público. À esquerda, a estação.
Mas quem está imaginando apenas um bando de metaleiros “batendo cabeça” estão enganados, tinham muitas pessoas que nem gostavam do estilo, estavam lá apenas por que queria conhecer a fusão de dois estilos completamente diferentes ou apenas

O ponto alto do show foi quando Andreas Kisser solou a nona sinfonia de Beethoven, A platéia foi à loucura. A mistura de gêneros foi tão bem feita, que todos vibravam a cada acorde que tocavam.

Como Bruna Amorim de 21 anos, que não gosta do estilo, mas prestigiou o evento “Eu vim com minha namorada para ver o show dos Misfits, mas enquanto ele não começa assisti esse do Sepultura e posso dizer que me surpreendi, eu não gosto muito do estilo, mas com certeza me arrepiei com os solos.”
Após alguns minutos de show, ninguém ficou cansado dos pulos e gritarias, tudo isso continuou até o final do dia evento, cantaram músicas antigas e novas todas com o acompanhamento sinfônico.

O que aconteceu com Bruna Amorim de ficar esperando outro show foi super normal naquela noite, onde milhares de pessoas passaram pelo Palco Luz apenas esperando o próximo show e ficaram maravilhados com o que viram.

Bem ali próximo no Parque da Luz, podíamos ver um ambiente completamente diferente do palco, músicas de coreto para dançar com o rostinho colado como antigamente.

Bem perto desse mesmo lugar pudemos ver até uma improvisação acontecendo, como sabemos a virada cultural é um evento poli cultural, onde temos o prazer de conviver com essa cultura linda do brasileiro.

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