Arte Estrangeira na Virada Cultural
Por Bruna Sousa
A Virada Cultural de São Paulo chegou à sua 7ª edição, em 2011. Iniciou às 18h do sábado, dia 16 e se estendeu até o início da noite de domingo, dia 17 de abril. Foram 24 horas ininterruptas de shows e atrações em toda a cidade, com o público recorde de mais de 4 milhões de pessoas. Enquanto São Paulo recebia a gigantesca população para a Virada Cultural 2011, geralmente em espaços abertos e públicos, a Pinacoteca do Estado de São Paulo abriu as portas gratuitamente para suas exposições e espetáculos. O Museu é o mais antigo da cidade de São Paulo, tendo sua inauguração realizada em 24 de dezembro de 1905. Crescendo conforme o tempo, a Pinacoteca hoje é referência internacional, com rico acervo e ótima estrutura física, tanto no espaço, quanto nas paredes, pisos, arquitetura, aptos às condições museológicas. O Museu conta com um quadro com mais de 50 técnicos e 100 funcionários qualificados.
Para a Virada Cultural, a Pinacoteca programou atrações especiais. No sábado apresentou o espetáculo de dança infantil ‘Começar e Cutucar, Vamos Ver Onde Dá?’, às 17h. Duas horas depois, Serge Gainsburg - Les Serges. Às 20h o Quarteto 4 apresentou o ‘Concertando História’, seguido de Anália e o Grupo da Cozinha, com ‘Influência do Jazz’. ‘Samba e Gafieira’, com Gafieira Camisa Amarela se apresentou às 22h. No domingo o museu iniciou o dia com o Coral da Osesp, às 11h. Também às 11h teve início as ‘Oficinas de Graffitti’, com o Grupo 2Milfamília®, que se estendeu até as 17h. Além dessas atrações especiais, as exposições e acervos da Pinacoteca estiveram disponíveis para o público, gratuitamente, durante a Virada Cultural 2011. Entre as exposições, estava a de uma das mais importantes artistas contemporâneas de Portugal, Paula Rego. Foram mais de 100 obras expostas, dentre pinturas, gravuras, desenhos e esculturas, produzidas ao longo de sua carreira.
Paula Rego retrata em suas obras temas como a violência, o poder, a mulher em diversas situações e a crueldade. Há muitos quadros com referência à precária situação de gravidez, ou até mesmo no momento do parto, de forma até um tanto grotesca, sem pudor à dor e ao sofrimento. Em 1997 Paula criou a série ‘Aborto’, com o intuito de chamar a atenção das autoridades para a delicada questão. Paula ilustrou, também, em suas pinturas, histórias de livros como Jane Eyre da escritora inglesa Charlotte Brontë.
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