Cultura além da Virada

Por Dhaianny Vieira

Sé, um dos palcos para músicos anônimos
Sob os aplausos do público nos movimentados corredores do metrô de São Paulo é possível ouvir a doce música de um piano a tocar. Anônimos, profissionais, qualquer que seja o usuário, leigo ou não, na arte de tocar, também pode se aventurar entre as teclas de um piano e isso graças ao projeto Piano no Metrô, uma parceria do Projeto Encontros com a empresa Cinemagia, que disponibiliza quatro pianos nas linhas azul, verde, vermelha e lilás do metrô. O projeto é realizado com o intuito de aproximar o usuário do metrô com a arte.

Com a delicadeza de um bom artista e a precisão de um profissional o chofer de limusine João Carlos Monroe, aos 56 anos encanta os passageiros na estação Sé com sua boa música. Com curiosa história de vida, ele conta como foi resgatado pela arte; após a separação e um grande transtorno familiar João Carlos tentou o suicídio e encontrou escape para seus problemas na música.

Em seu velho piano que recebeu como pagamento de uma dívida, em meio a tanta dor e amarguras conseguiu tirar poucas notas da música de sua vida Como é grande o meu amor por você do cantor Roberto Carlos mesmo sem conhecimento algum do instrumento. “Posso ser pianista ao invés de suicida”, comenta.

A proximidade do usuário com a arte ajuda a aliviar o estresse do dia a dia dos paulistanos além de proporcionar novas descobertas artísticas. “Se anteriormente eu tivesse uma oportunidade como essa teria me atentado logo ao meu dom”, afirma o pianista amador.

O projeto continua divulgando e incentivando a música dentro de cada um, presente nas principais estações de metrô, de segunda a sexta. É só chegar, sentar ao piano e começar a tocar. Não perca essa oportunidade.

João Carlos, do escuro suicídio a luz da música

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